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Antevisão da Volta a Suíça


A Volta a Suíça apresenta-se, como é tradicional, como a última competição antes do Tour, servindo de preparação para muitos corredores que vão alinhar na prova francesa. A prova helvética será bastante aberta em termos de classificação geral, devido à ausência de um claro favorito.

Percurso

Com vem sendo habitual na prova helvética, tudo começa com um prólogo, este de 6000 metros na cidade de Cham, num percurso totalmente plano.

A 2ª etapa tem um total de 172,7 kms e é feita num circuito de 43,8 kms, a ser percorrido por 4 vezes, que será feito em Cham. A dificuldade do dia é a subida a Horben (2 kms a 11.4%), sendo que, na passagem final, os ciclistas ficam a 22,8 kms da chegada. A 2300 metros da chegada existe uma pequena colina de 1 km a 2,2%, antes de uma longa reta da meta. O dia tem 2412 metros de desnível acumulado.

Um terreno parecido ao da etapa anterior, mas não tão duro, é o que se segue. Contém 3 subidas nos 159,3 kms de prova, mas tudo será decidido no final, que é o mesmo que foi utlizado no Tour do ano passado. Temos uma pequena colina a 6 kms da chegada, antes dos últimos 3000 metros, onde se segue 1,8 km em subida, onde os últimos 600 metros são a 6,5% e em paralelo. Os últimos 1200 metros são planos.

A primeira prova de fuga entre os homens da geral será ao 4º dia, com a chegada em alto em Villars-sur-Ollon. Antes da subida final, existe o longo Col des Mosses (13.5 kms a 4%), que leva a uma descida também longa com os ciclistas a passarem por Aigle, onde está o quartel-general da UCI. A subida de Villars-sur-Ollon tem 13,5 kms a 6,4%, mas com rampas superiores a 10%.

Etapa mais longa da prova, com 222 kms, mas com pouco para contar. Ao km 100, surge uma subida de elevada quilometragem, o Simplon Pass (20 kms a 6.5%). Anida ficam a faltar 120 kms, no entanto o terreno não é fácil para perseguir e uma fuga pode vingar.

Mais uma etapa para os trepadores tentarem ganhar tempo. Com um total de 3950 metros de desnível positivo acumulado, os ciclistas têm duas subidas pela frente. O San Bernardino (30.5 kms a 5.2%), ainda no início da tirada e depois o Albulapass (17 kms a 7.5%). Ao contrário do que aquilo que está no perfil, a etapa não termina em alto e depois existem 9300 metros de descida até La Punt.

Segunda chegada em alto da prova, agora com o brutal Tiefenbackferner (14,5 kms a 10.2%), que termina a 2780 metros de altitude. Etapa para se fazerem grandes diferenças.

Mais uma etapa em circuito, agora em Schaffhausen. 8 voltas a um percurso de 12,5 kms, que tem uma colina de 1,6 km a 4,2%, sendo que na última passagem esta fica a 6600 metros da chegada.

Para terminar, existe um contra-relógio de 28,6 kms em Schaffhausen. O percurso é praticamente plano, coma exceção de uma subida den 3,7 kms a 5% situada a cujo cume fica a 6 kms do fim.

Favoritos

O percurso é muito duro, com 3 chegadas muito difíceis, o que favorece os trepadores, no entanto os mais de 30 kms de contra-relógio fazem prever que apenas um ciclista completo possa triunfar.

Ion Izagirre é, de longe, o ciclista que melhor encaixa neste perfil. Este ano tem estado muito regular, terminando todas as provas de uma semana no top 10 e com concorrência mais forte. Não é um ciclista que ataque, ainda por cima nestas subidas mais duras, mas em contra-relógios acidentados é dos melhores do mundo e será difícil de bater.

O colombiano Jarlinson Pantano foi uma das revelações do ano passado e tem aqui uma das poucas oportunidades de correr para um bom resultado pessoal, antes de se focar no Tour para Alberto Contador. Pantano é um bom contra-relogista, tem uma boa ponta final e tem estado a subir cada vez melhor, por isso tem tudo para fazer um bom resultado.

Outsiders

Tejay van Garderen não se desgastou muito no Giro, quando viu que não conseguia um bom lugar na geral. Esteve bem quando foi preciso e deve estar em forma aqui. Em provas de uma semana o norte-americano continua bem e tem o contra-relógio onde pode ganhar tempo aos adversários.

Dos ciclistas que estiveram na luta pelo Giro, Domenico Pozzovivo foi dos que melhor terminou, já que esteve sempre ao ataque e pareceu muito fresco. Quem vem à Suíça depois no Giro, nunca costuma ter muito sucesso mas o italiano já o fez no passado. Se conseguiu manter a forma será um perigo, mas terá que ganhar muito tempo na montanha por causa dos constra-relógios.

Quem viu a Hammer Series, recorda-se da fantástica exibição de Carlos Betancur na Hammer Climb, onde esteve constantemente ao ataque e mesmo assim conseguiu vencer, fazendo lembrar o Betancur de 2013. Assim, pensamos que a melhor versão do colombiano está de volta e que será uma das figuras da competição, principalmente na montanha.

Possíveis surpresas

Tom Dumoulin vem aqui aproveitar a forma do Giro, no entanto não acreditamos num bom resultado do holandês já que as etapas finais são muito duras e Dumoulin vem de um longo desgaste. Rui Costa é mais um que fez o Giro e fez uma boa semana final. Já venceu aqui por 3 ocasiões e apesar de ter pela frente subidas muito complicadas pode fazer um bom resultado. Steven Kruijswijk abandonou já no final do Giro e procura aqui um bom resultado, algo que acreditamos ser possível. Sebastian Reichenbach trabalhou, e muito, para Thibaut Pinot, e antes de uma pausa, tem a oportunidade de se mostrar perante o seu público. Em outros tempos, Simon Spilak seria um dos principais candidatos, mas os últimos tempos têm sido uma desilusão para o ciclista da Katusha que era dos melhores em provas de uma semana. Outros nomes a ter em atenção são Damiano Caruso, Mathias Frank, David de la Cruz, Jan Hirt, Louis Vervaeke e Marc Soler.

Super-jokers

Os nossos super-jokers são John Darwin Atapuma e Gianluca Brambilla.


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