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Antevisão do Criterium du Dauphine


As provas World Tour estão de regresso e com o Criterium du Dauphine, que é uma espécie de antecâmara do Tour. Os ciclistas que querem estar bem na Grande Volta francesa têm que já estar a um bom nível e, para testar as suas pernas, vão ter algumas etapas de montanha que podem dar muito espectáculo.

Percurso

O primeiro dia é tudo menos fácil, com nada mais, nada menos que 8 contagens de montanha. Uma etapa de 170,5 kms entre Saint-Etienne tem um circuito difícil no final (15 kms), como Cote de Rochetaillée (3,4 kms a 5,4%) a 7 kms do fim. Os últimos 500 metros são em ligeira subida.

Ao segundo dia, mais uma complicada tirada, com o miolo desta a ser crucial. Depois de ser partir de Saint-Chamond, os ciclistas encontram, a cerca de 100 kms do fim, o Col de Verrieres-en-Forez (9 kms a 4.8%), o Col de Baracuchet (6.2 kms a 4.9%) e o Col des Supeyres (2.9 kms a 5.9%). Passadas estas subidas, os ciclistas ficam a 70 kms de Arland. Tal como no dia anterior, os 500 metros finais são em ligeira subida, neste caso a 2,5%.

Finalmente um dia relativamente mais fácil em cima da bicicleta. Apesar das 4 contagens de montanha, os sprinters deverão lutar pela vitória em etapa na cidade de Tullins.

Ao 4º dia, surge o primeiro grande teste, com o contra-relógio de 23,5 kms entre La Tour-du-Pin e Bourgoin-Jallieu, num percurso totalmente plano.

A ligação de 175,5 kms entre La-Tour-de-Salvagny e Mâcon deverá ver uma nova chegada ao sprint, já que as subidas são curtas e ficam ainda longe da chegada.

A 6ª etapa será um aperitivo do Tour, já que a 9ª etapa da Grande Volta passará pelas mesmas estradas. Nada se irá passar durante os primeiros 120 kms, no entanto, depois, surgirá uma das montanhas mais duras de França, o Mont du Chat (8.7 kms a 10.3%). Depois do cume desta categoria extra, seguem-se 15 kms de descida até à meta em La-Motte-Servolex.

O Alpe d’Huez será a chegada da 7ª etapa. Tudo se resumirá aos últimos 35 kms. Primeiro com o Cote de Garcin (3.5 kms a 6.4%), que antecede o duro Col de Sarenne( 15.3 kms a 6.9%, mas com rampas entre os 7,5 e 10,5%). Passado o topo desta subida, restam 14500 metros, maioritariamente em descida, que levam os ciclistas ao final no Alpe d’Huez (3.7 kms a 7.2%).

O dia final é bastante curto mas muito duro. Em apenas 115 kms estarão 4 subidas: Col des Saisies (15.1 kms a 6.4%), Col d'Aravis (6.6 kms a 6.9%), Col de la Colombiere (11.3 kms a 6.1%), terminando tudo com o Plateau de Solaison (11.3 kms a 9.2%).

Favoritos

Este ano, a ASO presentou os ciclistas com um percurso mais duro, que favorece os puros trepadores, no entanto acreditamos que só um ciclista completo poderá vencer o Dauphine.

Apesar de uma primeira metade de temporada menos bem conseguida, Chris Froome deve ter concentrado tudo no Tour e, por isso, tem que já estar a um bom nível aqui. Vencedor de 3 das últimas 4 edições, o britânico tem aqui um percurso perfeita e se quer começar a meter respeito nos seus adversários, este é o momento.

O seu grande rival deve ser Richie Porte, ciclista que está a ter uma grande temporada, ele que já venceu Tour Down Under e Tour de Romandie. Uma vitória aqui seria um boost importante para o australiano e tudo dependerá do contra-relógio plano da 4ª etapa, pois na montanha será difícil Froome descartá-lo.

Outsiders

Alberto Contador teve uma primeira metade de temporada para esquecer mas muito boa, já que foi 2º na Andalucia, Paris-Nice, Catalunha e País Basco. Já disse que não irá ao limite, ao contrário de outros anos, de forma a preservar energias para o Tour, mas sabemos que Contador é Contador e poderá atacar a qualquer momento. Tem aqui etapas boas para si.

Alejandro Valverde é um ciclista que está em forma toda a temporada. Leva já 11 (!) vitórias esta temporada e apesar de não ser um escalador tão bom como os seus adversários e não andar tão bem no contra-relógio, este ano demonstrou que conseguiu evoluir nestes dois parâmetros. Se estiver ao nível que nos habitou, é um perigo.

O primeiro francês da lista é Romain Bardet, no entanto será muito complicado vê-lo a vencer devido ao contra-relógio. Este ano não está a correr como o esperado, mas com o Tour à porta, o ciclista da AG2R tem que ganhar confiança. Tem muitas montanhas e descidas para atacar, cuidado com ele.

Possíveis surpresas

Dan Martin é um muito regular em provas de uma semana, tendo terminado, este ano, todas no top 6. O contra-relógio vai penalizá-lo, por isso poderá ter alguma liberdade nas etapas de montanha. Louis Meintjes é um ciclista diferente de todos os outros já referidos. O sul-africano raramente ataca, mas está sempre entre os melhores já que mete o seu ritmo subida acima e vai eliminando adversários. Finalmente veremos Johan Esteban Chaves em acção, mas não acreditamos que o pequeno colombiano estará na luta. Já o seu companheiro Simon Yates será uma ameaça, ele que não tem medo de atacar e conta já com algumas vitórias interessantes esta temporada. Outros nomes a ter em atenção são Andrew Talansky, Leopold Konig, Fabio Aru, Jakob Fuglsang e David Gaudu.

Super-jokers

Os nossos super-jokers são Daniel Navarro e Emanuel Buchamann,


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