Antevisão do Grande Prémio Beiras e Serra da Estrela
As provas internacionais estão de regresso a Portugal, agora com o Grande Prémio Beiras e Serra da Estrela, prova por etapas de 3 dias que conta com uma etapa rainha digna de registo, já que conta com a Serra da Estrela.
Percurso
A primeira etapa liga Penamacor a Celorico da Beira, num total de 199 kms. Após um início plano, surge, ao km 44, o Alto do Castelo Novo (1.6 kms a 1,9%). Logo de seguida, temos o Alto de Alpedrinha (4.4 kms a 0,9%). Mais de 100 kms se segue quase sem dificuldades de maior, antes da última contagem de montanha do dia (3 kms a 6,7%). Ficam a faltar 29 kms, onde se destacam os 1600 metros finais que são a 5,6%.
O segundo dia tem 192 kms, entre Fornos de Algodores e Trancoso e conta, também, com 3 subidas categorizadas. Em Castelo Rodrigo, a 80 kms do fim, está a 1ª, com (1.7 kms a 8.8%), seguindo-se, em Cidadelhe uma 2ª categoria (2.8 kms a 6.8%). O Alto de Mêda (1.7 kms a 6.5%), a menos de 40 kms da chegada é a última dificuldade, sendo que a partir daí o terreno é plano.
Uma ligação entre Belmonte e Manteigas faz a etapa rainha, com 163 kms. Ao km 44.3 surge a primeira subida, Alto de Famalicão (9.4 kms a 4.4%), sendo que, pouco depois, está a Eólicas de Vildemonte (5.3 kms a 7%). Tudo isto serve de aperitivo para a Serra da Estrela (28 kms a 5.3%). A subida termina a 25 kms da chegada, sendo que depois de uma longa descida, existem os 3000 metros, que são a 3,7%.
Favoritos
Com este percurso, tudo se irá decidir na etapa de Domingo, onde a Serra da Estrela terá um papel decisivo. Veremos, com toda a certeza, ataques, mas a longa descida que se segue, pode levar a reagrupamentos.
Raul Alarcon está numa forma fenomenal, tendo ganho a Vuelta às Asturias e o GP Jornal de Notícias, para além de ter sido 2º na Vuelta a Madrid, provas nas quais ganhou 4 etapas. O espanhol tem estado imbatível e quando o terreno inclina poucos ou mesmo ninguém o consegue acompanhar. Caso chegue um pequeno grupo, Alarcon também é rápido.
A Caja Rural vem com uma equipa curta, mas bem apetrechada e tem em Jaime Roson o maior perigo. O asturiano foi 2º na Vuelta a Castilla y Leon e na Volta a Croácia, onde venceu a etapa rainha, e pretende vencer uma prova por etapas este ano. Tem aqui uma grande oportunidade e é provável que ataque na Serra da Estrela e também é explosivo num final inclinado.
Outsiders
O boavisteiro João Benta tem sido uma das grandes figuras da temporada até agora. Foi 2º no GP JN e 4º na Vuelta às Astúrias, sendo dos poucos que aguentou Raul Alarcon em subida. O pupilo de José Santos não tem medo de atacar e sabe que só assim pode vencer a etapa.
O vencedor do ano passado, Joni Brandão, ainda não apresentou muitos resultados esta temporada, mas vem de um top 10 no GP JN e, com a Volta a Portugal a estar a apenas dois meses de distância, a sua forma tem que já ser boa e tem que se começar a testar frente aos seus rivais. Não tem medo de atacar.
A W52-FC Porto tem mais opções que Raul Alarcon e apontamos António Carvalho como a principal alternativa, ele que foi 7º em Castilla y Leon e 6º no GP JN, estando em excelente forma. Pensamos que pode ser um ciclista protegido e que, no final, vai utilizar a sua rápida ponta final para poder vencer.
Possíveis surpresas
Várias equipas vêm com mais que uma opção, sendo que a Caja Rural tem, ainda, Sergio Pardilla para poder vencer, apesar de já não ser o mesmo de outros tempos. Frederico Figueiredo, no Sporting/Tavira, é um nome quase certo no top 10, ele que é muito regular em todas as provas que faz. Amaro Antunes e Rui Vinhas também serão cartas a jogar pela W52-FC Porto, uma das equipas mais fortes aqui presente. Nas equipas portuguesas, destacamos Edgar Pinto, 3º classificado no ano passado, Henrique Casimiro, 8º e que está em boa forma, Sergio Paulinho e Vicente Garcia de Mateos. Das equipas estrangeiras, atenção ao veterano Davide Rebellin e aos colombianos Jahir Perez e Victor Niño.
Super-jokers
Os nossos super-jokers são Ricardo Mestre e Sergey Shilov.