Antevisão da 15ª etapa do Giro
Depois de uma dura chegada em alto que fez grandes diferenças na classificação geral, a fuga volta a ter uma hipótese de vencer. Esta etapa antecede o 3º dia de descanso, pelo que os ciclistas vão deixar tudo na estrada, para tentar entrar na fuga e lutar pela vitória.
Percurso
Antes do dia de descanso, o pelotão do Giro tem mais uma etapa longa, com um total de 199 quilómetros. Com partida em Valdengo e chegada a Bergamo, os primeiros 149 kms da etapa são planos, sendo ideais para que se forme a fuga do dia. A primeira subida é o Miragolo San Salvatore (8,7 kms a 6,9%), sendo uma subida bastante regular.
Segue-se uma pequena descida, antes da subida de Selvino (6,9 kms a 5,4%). Uma descida com 12 kms é o que se segue antes de quase 13 kms de plano antes de uma pequena dificuldade final. A 6000 metros da chegada há dura colina de 1600 metros com uma percentagem média de 7,9% e com rampas de 10% na parte final. Depois existe uma descida até aos 500 metros finais, que são planos.
Favoritos
Amanhã acreditamos que a fuga tem tudo para vingar, uma vez que a etapa não é fácil de controlar no seu final e muitas equipas ainda não venceram neste Giro. A luta pela fuga será feroz, mas tem tudo para vingar.
A Bahrain-Merida ainda procura a desejada vitória e tem apostado em Giovanni Visconti para o conseguir através de fugas. Por duas vezes o italiano já esteve perto de vencer mas ou o não conseguiu por não estar na frente ou por causa de quedas. A etapa de amanhã é perfeita para Visconti que está a subir muito bem e continua a com boa ponta final.
Depois de duas etapas em que foi dos primeiros do pelotão, Michael Woods tem andado um pouco desaparecido do Giro, à procura da etapa ideal para entrar em fuga. Esta é uma boa tirada para o canadiano, já que as subidas não são muito longas. A existência de uma subida já perto do final vai fazer com que Woods possa atacar, mas também pode esperar pelo sprint final.
Outsiders
Diego Rosa mostrou-se, pela primeira vez, na etapa de hoje, atacando já dentro da subida de Oropa. O ciclista da Team Sky está dentro de uma equipa que tem o orgulho ferido e que quer vencer etapas. O italiano é um excelente trepador e tem uma boa ponta final se a etapa for discutida ao sprint.
Luis Leon Sanchez teve um final de primeira semana muito bom, entrando em diversas fugas e finalizando em 3º uma tirada, para além de ter sido 4º no contra-relógio. Tem liberdade para atacar e está numa equipa que procura uma vitória em etapa. É um mestre a entrar em fugas e sabe quando atacar.
Patrick Konrad teve hoje uma subida de Oropa de alto nível, chegando bem perto da frente. Já o apontámos, em etapas passadas, como um bom candidato a vencer etapas. O australiano é um bom trepador, que não gosta de subidas muito longas, como as de amanhã, e tem uma ponta final rapidíssima.
Possíveis surpresas
Omar Fraile quer os pontos da montanha e, apesar de amanhã não ser muitos, o espanhol tem que começar a amealhar, já que os homens da geral começam a perigar a sua classificação. Mostrou na etapa 11 que está em grande forma. Simone Petilli está em boa forma e deve estar em mais uma fuga, sendo um ciclista que já está a uma boa distância na geral liberdade para tal. O seu companheiro Rui Costa tem, aqui, mais uma oportunidade, tendo outra etapa perfeita para ele. Laurens de Plus tem-se mostrado muito combativo mas ainda não conseguiu uma vitória, algo que se pode suceder no dia de amanhã. Matteo Montaguti será uma boa alternativa a todos estes ciclistas, já que sobe bem e tem uma boa ponta final. Atenção, ainda, a Dylan Teuns, Hubert Dupont, Cristian Rodriguez, Matteo Busato, Jan Hirt e Eros Capecchi. Se os favoritos discutirem a etapa entre si, Thibaut Pinot é aquele que tem uma melhor ponta final, podendo discutir a vitória com Tom Dumoulin. Vincenzo Nibali pode tentar a sua sorte na descida final.
Super-jokers
Os nossos super-jokers são Ruben Plaza e Pello Bilbao,