Antevisão da 14ª etapa do Giro
Depois de duas etapas para os sprinters, chega novamente a montanha, com nova chegada em alto. Tom Dumoulin vai ser posto pela primeira vez à prova e, para isso, os ciclistas que lutam pela geral vão ser obrigados a atacar e a dar espectáculo.
Percurso
Mais uma curta etapa de montanha na Volta a Itália, esta com apenas 131 kms entre Castellania e Oropa. A etapa só se torna interessante nos quilómetros finais, já que toda a etapa é plana, antes da subida.
Os últimos 11,8 kms são os mais importantes, com a subida para Oropa, com uma percentagem média de 6,2%. Os primeiros 5 kms são os mais fáceis, com rampas a rondar os 2 e 5%. Os dois quilómetros seguintes são a 8,5%, sendo que os 4250 metros finais são a 7,6% mas muito irregulares. Existem rampas a 11% mas outras a 4%, que antecede o quilómetro final, que é a 7,5%.
Favoritos
Pensamos que a fuga tem poucas hipóteses de vingar, dado que as equipas dos homens da geral, principalmente a Movistar, vão controlar toda a tirada, para também procurar as bonificações.
Quem viu a subida de Blockhaus viu que Nairo Quintana foi o melhor trepador da competição. Não há dúvidas que o colombiano é o melhor quando o terreno inclinada e tem que começar a recuperar tempo para Tom Dumoulin. Numa subida mais curta será complicado fazer diferenças grandes, no entanto acreditamos que vai ser quase impossível batê-lo.
O francês Thibaut Pinot foi um dos poucos que aguentou Quintana quase até ao final. Numa subida mais curta, o ciclista da FDJ tem mais possibilidades de seguir ao ritmo do corredor da Movistar, podendo acrescentar mais uma vitória em chegadas em alto nesta temporada. Mesmo que não consiga deixar Quintana para trás, Pinot pode vencer ao sprint.
Outsiders
Tom Dumoulin deve correr na defensiva, esperando pela oportunidade certa para atacar e se isso não acontecer apenas seguirá rodas. Mesmo que descole, o holandês já mostrou que pode seguir com o seu ritmo subida acima e colar novamente à frente da corrida. Tem uma boa ponta final, podendo derrotar os seus rivais ao sprint.
O também holandês Bauke Mollema também tem uma palavra a dizer caso a subida final não seja assim tão atacada. Mollema é daqueles ciclistas que passe despercebido toda a etapa mas está sempre entre os melhores, sendo que pode surpreender os favoritos. É rápido caso a etapa se decida ao sprint.
Vincenzo Nibali parece estar a melhorar a sua condição física com o passar dos dias. O italiano sabe que errou quando foi ao choque nos ataques de Quintana no Blockhaus e agora tem que meter o seu ritmo caso não aguente o colombiano. Sabe quando atacar, e se o final se tornar táctico, o Tubarão é um perigo.
Possíveis surpresas
A vitória em etapa não deve fugir aos nomes já referidos, no entanto, dos homens da classificação geral, temos que falar em Adam Yates. O britânico ainda nada mostrou neste Giro, tendo caído na etapa do Blockhaus, mas pela suas declarações mostra estar forte. Ao já estar longe, pode ter uma certa liberdade. O pequeno Domenico Pozzovivo está de volta ao seu melhor e é um perigo caso o deixem sair, pois já mostrou estar em boa forma. Já Ilnur Zakarin não parece estar na forma que acreditávamos, pelo que será mais uma subida de sobrevivência e tentar minimizar perdas. O irreverente Davide Formolo pode ser uma surpresa já que, apesar de não estar longe na geral, já perdeu tempo considerável, pelo que o podem deixar sair. Steven Kruijswijk ainda não está na forma ideal. Para a fuga, atenção a Mikel Landa, Alexander Foliforov, Laurens de Plus, Giulio Ciccone, Jesper Hansen, Michael Woods, Cristian Rodriguez e Valerio Conti.
Super-jokers
Os nossos super-jokers são Tanel Kangert e Ben Hermans.