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Antevisão da 8ª etapa do Giro


Etapa de transição no Giro, já que fica entre uma chegada ao sprint e a segunda chegada em alto da prova. Como é habitual nas Grandes Voltas, estas tiradas costuma cair para os ciclistas que se aventuram na fuga, no entanto não podemos descartar a possibilidade das equipas dos puncheurs trabalharem e evitarem o cenário da 6ª etapa.

Percurso

189 quilómetros ligam Molfetta a Peschici ma 8ª etapa do Giro. Esta tirada pode ser dividida em duas partes completamente distintas. Os primeiros 84.2 quilómetros são planos e só depois começam as dificuldades. Existe, logo, uma segunda categoria Monte Sant Angelo (9.6 kms a 6.1%. Após uma longa descida, existe uma fase de sobe e desce que culmina com a Coppa Santa Tecla (7.6 kms a 4.2%), quando estiverem percorridos 143 kms.

A menos de 13 quilómetros da chegada está uma pequena colina com 6.7 kms a 2.7%. Segue-se uma descida até aos 3000 metros finais, onde 1500 são planos e 1500 em subida. A subida final tem uma inclinação média de 5,7%, mas com rampas a 10% nos últimos 200 metros, sendo um final parecido com o da etapa 6.

Favoritos

Amanhã é mais um dia complicado de antever, pois não acreditamos que todas as equipas vão querer colocar ciclistas na fuga e, se algumas equipas com força de perseguição não tiverem ninguém na frente podem perseguir no pelotão.

A Wilier-Triestina tem colocado ciclistas em fuga em praticamente todas as etapas, mas não o fez na etapa 6, quando teve que perseguir, mas sem sucesso. Matteo Busato é o ciclista da equipa italiana que melhor se adapta a este final, já que é um bom trepador, que tem uma boa ponta final, principalmente em finais inclinados.

Se forem os favoritos a discutir a etapa entre si, apostamos em Michael Woods. O canadiano foi o melhor do pelotão na etapa 6, que tinha um final idêntico mas menos inclinado. As rampas mais duras são melhores para Woods, devido à sua explosividade. O seu calcanhar de Aquiles será o posicionamento, onde esteve bem na quinta-feira.

Outsiders

A Cannondale falhou em colocar alguém na fuga na etapa 6, vendo-se obrigada a perseguir. Acreditamos que amanhã vai ser diferente e quer ter presença na escapada do dia. Davide Vilella é o nome a considerar. O jovem italiano tem uma boa ponta final e gosta destes finais em pequenas collinas.

Patrick Konrad tem sido um ciclista discreto neste Giro, mas antes da prova italiana mostrou boa forma. O austríaco da Bora é mais um ciclista que escolhe bem as fugas para estar presente, sendo também um excelente trepador. Aliando a isto, Konrad tem uma rapidíssima ponta final.

Adam Yates deve ser o grande adversário de Michael Woods caso o pelotão discuta a etapa entre si. O britânico apenas foi batido pelo canadiano na etapa 6 e, tal como referimos para Woods, um final mais inclinado é melhor para Yates. Tem uma boa ponta final e quer as bonificações.

Possíveis surpresas

Como acreditamos mais que a fuga possa vingar, vamos referir mais nome para a fuga. Omar Fraile tem como objectivo a montanha e, se quiser começar a pontuar, estar nesta fuga é importante, sendo que o final também é perfeito para o espanhol. Luis Leon Sanchez e Pello Bilbao são as apostas da Astana para estarem na frente, eles que têm características semelhantes. Outros ciclistas a poderem estar na fuga são Matej Mohoric, Dylan Teuns, Georg Preidler, Simone Andretta e Felix Grosschartner. Caso o pelotão lute pela etapa, para além dos dois nomes já referidos, consideramos como favoritos Geraint Thomas, Bob Jungels, Tom Dumoulin, Bauke Mollema e Thibaut Pinot.

Super-jokers

Os nossos super-jokers são Valerio Conti e Matteo Montaguti.


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