Antevisão da 7ª etapa do Giro
Depois de mais uma fuga ter vingado, os sprinters vão voltar a sorrir, pois têm mais uma oportunidade para vencer. Numa das etapas mais longas do Giro, será que teremos um sprinter a estrear-se nesta edição ou Greipel ou Gaviria vão voltar a vencer?
Percurso
Dos dias mais simples e das etapas mais longas no Giro, com um total de 224 quilómetros. Os primeiros quilómetros serão muito rápidos, são em descida e a fuga pode demorar a surgir. Após muito terreno plano surge a único contagem de montanha do dia, com 15,4 kms a 2,6%, basicamente um longo falso plano.
De resto há a destacar a parte final, os últimos 5 quilómetros têm algumas inclinações, colinas curtas e pouco íngremes, mas que pode dar para alguns ataques. A entrada no último quilómetro é muito perigosa, é em descida e com uma curva perigosa a cerca de 600 metros, mesmo a recta da meta tem uma ligeira viragem. Os últimos 5000 metros têm um total de 9 curvas e 1 rotunda, é um final extremamente técnico.
Favoritos
Amanhã o mais provável é vermos os melhores sprinters em competição a discutir a etapa, no entanto esta chegada é mais técnica que as anteriores e há os seus especialistas. Não é impossível que a fuga tenha sucesso, mas é menos provável, a fuga terá de ter mais de 6 elementos com alguns grandes motores incluídos.
Tendo em conta as características da chegada temos de mencionar Fernando Gaviria. O colombiano é exímio em finais técnicos, sabe manobrar a bicicleta como poucos, está confiante após 2 vitórias, lidera a classificação por pontos e o comboio Iljo Keisse, Davide Martinelli e Ariel Maximiliano Richeze resulta na perfeição.
Caleb Ewan tem aqui uma das últimas oportunidades, no último sprint ficou mal colocado e depois fechado várias vezes, acabou por abdicar do mesmo. Greipel e Gaviria já ganharam, o Pocker Rocket está com fome de vitória. O australiano é um especialista em critérios e conta com Luka Mezgec e Alexander Edmondson, excelentes lançadores.
Outsiders
É verdade que a chegada parece não ser a melhor para Andre Greipel, mas nunca podemos descartar o poder do Gorila. Greipel tem mais dificuldades em chegadas técnicas e terá de confiar em Moreno Hofland, que ainda não tem muita experiência a lançar sprints. Não irá arriscar tudo porque já tem uma vitória em etapa e deve ir ao Tour.
Roberto Ferrari pode ser um vencedor surpreendente, o italiano é um tecnicista puro. Poderá até ter de lançar Sacha Modolo, só que Modolo não teve pernas na 2ª e 5ª etapas, pode perfeitamente voltar a acontecer. E mesmo que tenha a tarefa de lançar Modolo, pode haver cortes e fazer um excelente resultado.
Sam Bennett está a recuperar após a doença que sofreu logo nos primeiros dias. Ante-ontem foi 3º, um excelente resultado, que lhe dará mais confiança. A grande arma do irlandês será o seu comboio, até porque ele não é exímio neste tipo de chegadas. Rudiger Selig, um dos melhores lançadores do mundo, é a principal peça do puzzle.
Possíveis surpresas
A grande incógnita é Sacha Modolo, o italiano pode voltar a ter as boas sensações e nesse caso é um nome a ter em conta em chegadas técnica, hoje até esteve até perto do final com os melhores. Por falar em incógnitas, Giacomo Nizzolo é outra, parece estar muito “hit or miss”, mas a ausência de dificuldades montanhosas pode ajudar e o italiano tem o pódio ao alcance, vitória é quase impossível. A Dimension Data tem a vantagem de ter 2 sprinters, Kristian Sbaragli, que está bem posicionado na luta pelos pontos e Ryan Gibbons pode surpreender, é jovem, está a aprender e é destemido. Jakub Mareczko é um dos grandes talentos italianos, tanto pode fazer 2º como fazer penúltimo e Phil Bauhaus está a encontrar o ritmo, até porque terá de fazer o trabalho sozinho, não tem comboio. Nomes como Enrico Battaglin, Jan Tratnik, Alexey Tsatevich e Jasper Stuyven irão lutar pelo top 10.
Super-Jokers
Os nossos Super-Jokers são Ariel Maximiliano Richeze e Matteo Montaguti.