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Antevisão da 6ª etapa do Giro


Finalmente uma etapa disputada em solo continental italiano. Etapa muito longa, com um final algo duro e que pode ver uma fuga novamente a triunfar, no entanto os puncheurs presentes no Giro também vão querer vencer e vão meter as suas equipas a trabalhar.

Percurso

A etapa de amanhã é uma daquelas jornadas tipicamente italianas, com uma série de muros no final a baralhar as contas e a deixar tudo em aberto. Serão 217 kms com 2 fases, os primeiros 190 quilómetros são maioritariamente planos, com excepção de uma contagem de 3ª categoria e de um longo falso plano, onde estão os 2 sprints televisivos. A segunda fase é composta por 27 quilómetros de sobe e desce constante.

As coisas começam-se a decidir da 4ª categoria de Fuscaldo, com 2,1 kms a 6,8% e partes a 11%. Antes da sequência final ainda há 2 colinas onde as rampas chegam aos 7%. A 7 kms da meta há 1,2 kms a 5,9%, com rampas de 8%, onde poderão surgir ataques importantes. Depois de uma curta descida temos o final em Terme Luigiane. Olhando para os dados, 2 kms a 5,3%, nem parece muito duro, mas os 700 metros finais são a 8%, com rampas de 10%.

Alguns dados interessantes, a última chegada aqui ocorreu em 2003, com vitória de Stefano Garzelli, num dia em que Alessandro Petacchi, um sprinter completo, terminou em 3º. No entanto, em relação a esse dia, o percurso de amanhã apresenta mais algumas dificuldades.

Favoritos

Esta é uma etapa bastante longa o que pode proporcionar que a fuga possa ter o seu sucesso já que algumas equipas podem não assumir a perseguição visto que os seus ciclistas podem não aguentar no final.

Enrico Battaglin conta já com dois top 10 em etapas ao sprint e já venceu duas tiradas em edições anteriores. Apesar de se misturar nos finais rápidos, o italiano é muito melhor em finais em pequenas colinas, já que é bastante explosivo. Battaglin é, também, um mestre a entre em fugas e por isso é um corredor a ter em atenção quer o final seja disputado pelo pelotão quer seja uma fuga vingue.

Quem viu Thibaut Pinot no Tour of the Alps constatou que está com uma ponta final rapidíssima. Também no Tirreno-Adriático esteve perto numa etapa com um final parecido. Se alguns homens rápidos estiverem lá será complicado triunfar, no entanto não acreditamos nisso e pensamos que Pinot quer aproveitar todos os segundos e ir, pelo menos, às bonificações.

Outsiders

A Astana tem os olhos postos nesta etapa e vai querer colocar alguém na fuga. Luis Leon Sanchez esteve atento nas primeiras etapas e achamos que esta esteja marcada por ele. Quando pretende entrar em fuga, está lá sempre e, será, com toda a certeza, dos melhores neste final. Há algum tempo, tinha uma melhor ponta final, mas no Tour of the Alps mostrou que gosta destes finais.

Nathan Haas é um candidato óbvio para este final. O australiano deu um salto qualitativo incrível entre o final da temporada passada e o início desta, estando em destaque em finais como estes. Em finais duros, é dos mais rápidos e venceu uma etapa parecida na Vuelta a Burgos. Só não está nos favoritos pois disso, hoje, que a etapa foi muito dura já que estava sem pernas.

Adam Yates é, dentro dos ciclistas da classificação geral, um dos mais rápidos, tendo-se já destacado em finais deste género. O britânico preferiria um final mais duro, mas mesmo assim vemo-lo a ser dos primeiros da etapa e possivelmente a vencer e, tal como Pinot, quererá ir às bonificações.

Possíveis surpresas

A Cannondale tem em Michael Woods um ciclista que adora estes finais, apesar de que um final mais duro fosse melhor para o canadiano. Se o pelotão disputar a chegada, Woods pode conseguir a sua primeira grande vitória e se a fuga não tivesse possibilidade de chegar estaria na categoria acima. Dario Cataldo é outra carta a apostar por para da Astana mas como está muito perto na classificação geral, talvez não tenha liberdade para estar na fuga. Foi 5º no Etna, sendo um ciclista rápido. Outros ciclistas a ter em atenção caso o pelotão disputa a etapa são os portugueses José Gonçalves e Rui Costa, Geraint Thomas, Tom Dumoulin, Bob Jungels, Enrico Gasparotto e Giovanni Visconti. Para a fuga, há que ter em atenção Dylan Teuns, Davide Villella, Matteo Montaguti, Pello Bilbao, Busato e Felix Grossschartner.

Super-jokers

Os nossos super-jokers são Valerio Conti e Patrick Konrad.


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