Antevisão da Rund um den Finnaplatz Eschborn-Frankfurt
Para finalizar a ponte entre as clássicas e as provas por etapas temos a 55ª edição da Rund um den Finnaplatz Eschborn-Frankfurt, mais conhecido por G.P. Frankfurt. Este ano a competição sobe ao escalão World Tour e com isso consegue ter um elenco ainda melhor, talvez o melhor de sempre em termos de sprinters.
Percurso
Com a subida ao escalão World Tour a prova cresceu de 206 para 215,7 quilómetros, mas o perfil mantém-se praticamente o mesmo. Aos 55 quilómetros surge a grande subida do dia, o Feldberg tem praticamente 10 quilómetros a cerca de 6% e depois seguem-se algumas colinas curtas nos 50 quilómetros seguintes.
Depois surgem as subidas que podem ser as mais importantes, num esquema de circuito os ciclistas passam por 4 ocasiões na ascensão de Mammolshain, que é curta, mas inclinada. A última vez que os corredores lá passam falta 40 quilómetros para o final, sem dificuldade de maior, o que pode permitir algum reagrupamento.
Favoritos
Esta é uma competição que tradicionalmente é talhada para sprinters que passam bem a média montanha, o cenário mais provável é um sprint em grupo reduzido de 60 a 70 unidades, a menos que as condições climatéricas estejam desfavoráveis ou a corrida seja muito endurecida na parte mais dura
Alexander Kristoff tem uma relação de amor muito forte com esta prova, foi o vencedor das últimas 2 edições e o percurso parece perfeito para ele. Ciclistas como Tony Martin ou Nils Politt serão decisivos para controlar ataques finais, mas a Katusha quererá eliminar alguns sprinters.
Andre Greipel simplesmente parece fortíssimo nesta fase da época, esteve muito bem nas grandes clássicas e já por 2 ocasiões esteve na discussão desta prova. O grande problema poderá ser os homens de trabalho, do seu comboio habitual só Marcel Sieberg está aqui.
Outsiders
Peter Sagan está com fome de vitórias, já não ganha há quase 2 meses, o que para o eslovaco é muito tempo. É um dos grandes beneficiados se a corrida for bem endurecida e além disso tem um excelente comboio com ele, composto por Erik Baska e Sam Bennett. Atenção que Sagan nestas provas mais de segunda linha é muito “hit or miss”.
Olhando para o histórico, John Degenkolb também tem de estar aqui, 1º em 2011, 7º em 2012, 4º em 2013 e 2º em 2014, o alemão adora esta corrida. Está a voltar aos melhores momentos e está a passar bem as colinas, quase de certeza que estará no final. O grande apoio será Jasper Stuyven, que também será uma alternativa dentro da Trek-Segafredo.
Dos homens rápidos, o que melhor sobe e em melhor forma parece estar é Michael Matthews. O australiano vem cheio de ritmo da semana das Ardenas, onde esteve brilhante. Para ganhar tem de se livrar da maioria dos sprinters e na parte final poderá contar com Nikias Arndt para o apoiar.
Possíveis surpresas
A Quick-Step vem com 2 grandes opções, mas acreditamos mais em Fernando Gaviria, devido à capacidade que o colombiano tem em passar as colinas. Mas não duvidamos, caso Marcel Kittel esteja em dia sim e com pernas para subir bem, constando na disputa final, o alemão passa a ser o maior candidato. Só que Kittel nunca esteve aqui, não compete há 3 semanas e é uma pequena incógnita. Muitas equipas trazem 2 opções, Sam Bennett na Bora, Jasper Stuyven na Trek, Nikias Arndt na Sunweb. Ben Swift provavelmente também estará no final, mas não parece em grande condição física. A Ag2r tem várias opções, Samuel Dumoulin para o sprint e ainda o incrível Oliver Naesen que estará ao ataque certamente. A BMC terá em Silvan Dillier e Jempy Drucker as suas opções. Juan José Lobato pode fazer uma pequena surpresa, tal como Alberto Bettiol e quando às equipas Continentais Profissionais, atenção a Jan Tratnik, Timothy Dupont, Pim Ligthart e Frederik Backaert.
Super-Jokers
Os nossos super-jokers são Martin Elmiger e Marko Kump.