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Oliver Naesen, a revelação das clássicas com azar na hora da verdade


Quem diria que um menino que em 2015 estava a dar os primeiros passos como profissional, em 2017 estaria a discutir com os melhores do Mundo as maiores clássicas do calendário internacional. Foi mesmo isso que aconteceu com Oliver Naesen, agora com 26 anos, que após esta semana estará certamente a questionar-se “o que teria conseguido caso não tivesse tido tantos azares?” 7º na Omloop, 8º na Kuurne-Bruxelles-Kuurne, 6º na Dwars door Vlaanderen, 3º no E3 Harelbeke, um dos poucos capazes de seguir os ataques de Peter Sagan e Greg van Avermaet. Chega o Tour de Flandres e repete a façanha, só ele consegue seguir os 2 astros na perseguição a Philippe Gilbert, até que uma queda o pára. De joelho inchado alinha no Paris-Roubaix. Fica na 2ª queda do dia, perde muito tempo, recupera, fura de novo, recupera, assim sucessivamente. Nunca esteve em posição de ataque. Ao todo foi 1 queda, 4 furos e uma avaria mecânica, e ainda foi 31º. A avaria mecânica ocorreu quando apareceu de repente junto de Tom Boonen no Carrefour de l’Arbre e parecia encaminhado para mais um top 10 Poderoso, com 1 metro e 84 centímetros, Naesen começou a carreira profissional aos 23 anos, numa pequena equipa continental belga. Aí, chamou a atenção da Topsport Vlaanderen, um constante poço de talentos. Teve um final de época fulgurante, ganhou 2 clássicas, fez pódio em mais algumas e ainda foi 6º na Volta ao Luxemburgo. Recebeu uma chamada da IAM Cycling e lá foi ele para o World Tour. Esteve discreto em Fevereiro, mas apareceu em Abril, quando mais importava, para ser 22º no Tour de Flandres e 13º no Paris-Roubaix, com muito pouca experiência. Depois fez o Tour, saiu de lá fortíssimo para ganhar o G.P. Plouay e fazer 2º no Eneco Tour. Só que a IAM fechou portas, e agora? Foi de novo convidado para subir de patamar, a Ag2r requereu os seus serviços. Segundo declarações recentes, mesmo por causa da performance em Roubaix. Numa liderança partilhada com Stijn Vandenbergh, rapidamente se destacou, pela condição física, pela audácia, pelos resultados. Conseguiu os resultados já mencionados, agora irá fazer a Amstel Gold Race e provavelmente focar-se num final de época bem forte. Isto porque Naesen não é de desistir e a margem de progressão parece imensa. Estará aqui um anova referência belga para as clássicas?


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