Greg van Avermaet, confirmação ou afirmação de um grande campeão?
Claramente não compreendemos aqueles que se referiram à vitória de Greg van Avermaet no Paris-Roubaix como a confirmação, principalmente de alguém que já tem 31 anos, 31 vitórias na carreira e com diversas importantes clássicas no palmarés. Sim, foi o primeiro Monumento ganho, mas o belga é campeão olímpico em título e partia mesmo para a prova como um dos grandes favoritos. Trata-se sim da afirmação de um enorme corredor entre a elite mundial.
Um ciclista que de uma forma extraordinária já era líder da Lotto-Soudal (na altura Silence-Lotto) aos 23 anos, sacando um 8º lugar no Tour de Flandres. Foi esta a fase de revelação. Após 2 épocas menos bem conseguidas encontrou uma casa à sua imagem na BMC, onde em 2011 voltou às vitórias e às boas temporadas. 2012 veio e as boas exibições continuaram, apesar da falta de vitórias, foi 4º no Tour de Flandres.
Para nós, 2014 foi o início da confirmação do talento e da capacidade de Greg van Avermaet. Primeira vitória World Tour, 2º no Tour de Flandres e 5º nos Mundiais. Em 2015 fez pódio tanto em Roubaix como na Flandres e em 2016 despoletou já para outro patamar. Começou a bater Peter Sagan de forma mais regular e quando o eslovaco não foi à prova de estrada dos Jogos Olímpicos, Avermaet marcou presença e recolheu os dividendos quando sobreviveu a toda à dureza.
Recordamos que em 2016 já tinha ganho a Omloop e somou a primeira prova por etapas, o Tirreno-Adriatico, a campanha de clássicas ficou estragada mesmo no fim devido a uma queda feia no Tour de Flandres. E que dizer este ano? Claramente o melhor corredor da temporada até ao momento. Venceu Omloop, E3 Harelbeke, Gent-Wevelgem e Paris-Roubaix da forma que todos vimos, após estar a 1 minuto dos outros favoritos. Foi 2º no Tour de Flandres mesmo depois da queda. Este é o ano da afirmação, da afirmação de alguém que será um dos melhores classicómanos de sempre.