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Au revoir, Tom Boonen!


Chegou ao fim a carreira de mais um dos grandes nomes do ciclismo. Falamos de Tom Boonen, ciclista belga de 36 anos, que foi um dos melhores de sempre nas clássicas do empedrado. A sua longa carreira terminou ontem, no velódromo de Roubaix, após mais um Paris-Roubaix. Apesar de não ter conseguido vencer, saiu de cabeça erguida, pois tentou de tudo para o conseguir.

Tom Boonen começou a sua carreira em 2000, ao estagiar na US Postal Service. Regressou à formação norte-americana em 2002, onde se começou a destacar. Foi 7º na Kuurne-Brussels-Kuurne, 7º na Gent-Wevelgem e nos Três Dias de Panne, venceu uma etapa na Volta a Catalunha, foi 2º Circuito Franco-Belga e foi 3º no Paris-Roubaix, o seu primeiro grande resultado.

No ano seguinte, mudou-se para a QuickStep, equipa onde permaneceu até aos dias de hoje. Venceu uma etapa na Volta a Bélgica, foi 3º na Gent-Wevelgem, 5º na Omloop Het Volk e 5 top 10 em etapas da Vuelta. 2004 foi um dos primeiros grandes anos de ‘Tommeke’, que conseguiu, nada mais, nada menos que 19 triunfos. Começou com uma etapa na Volta ao Qatar (3º na geral), uma etapa na Vuelta a Andalucia, E3 Harelbeke, Gent-Wevelgem, Scheldeprjs, duas etapas e geral do Tour de Picardie, duas etapas na Volta a Alemanha, uma etapa na Volta a Bélgica, duas na Ster Elektrotoer, duas no Tour, uma no Tour of Britain, duas no Circuito Franco-Belga e o Memorial Rik van Steebergen. Ano de sonho para o belga. 2005 trouxe mais duas vitórias no Tour of Qatar, duas no Paris-Nice, uma no Tour de Picardie, E3 Harelbeke, a dobradinha Tour de Flandres e Paris-Roubaix, duas etapas e geral da Volta a Bélgica e mais duas tiradas no Tour. O ano terminou com a conquista do título mundial em Madrid.

Tour de Flandres 2005:

Campeonatos do Mundo Madrid 2005:

A camisola do arco-íris deu sorte a Tom Boonen que conseguiu 21 triunfos com esta camisola envergada. Quatro etapas e geral da Volta ao Qatar, uma na Volta a Andalucia, 3 no Paris-Nice, E3 Harelbeke, Tour de Flandres, Scheldeprjs, duas na Volta a Bélgica, a clássica de Veenendaal, uma na Volta a Suíça, 3 no Eneco Tour e uma no Tour of Britain. Destaca-se, ainda, o 3º posto na Kuurne-Brussels-Kuurne, 4º na Milano-SanRemo, 5º na Dwaars door Vlaanderen, 2º no Paris-Roubaix e 7 top 5 em etapas do Tour.

O Qatar voltou a acolher o início de temporada de 2007, onde Boonen venceu por mais 4 ocasiões. Venceu mais uma etapa na Vuelta a Andalucia, a Kuurne-Brussels-Kuurne, Dwaars door Vlaanderen, E3 Harelbeke, uma tirada na Volta a Bélgica, duas etapas no Tour e, finalmente, a camisola verde. Foi, ainda, 6º no Paris-Roubaix.

Etapa 12 Tour de France 2007:

Como seria de esperar, mais uma temporada, e mais uma série de vitórias na Volta ao Qatar, agora 3 e a geral. Uma etapa na Volta a Califórnia foi o que se seguinte, antes de nova vitória no Paris-Roubaix e mais uma na Volta a Bélgica. A Volta a Áustria, o Ster Elektrotoer, o Tour de Wallonie, o Eneco Tour e a Vuelta (por duas vezes cada uma) e o Circuito Franco-Belga, ainda viram Boonen levantar os braços em 2008.

Ano novo e mais uma etapa e outra geral da Volta ao Qatar. O triunfo na Kuurne-Brussels-Kuurne antecedeu novo triunfo no Paris-Roubaix. A segunda metade da temporada deu a Boonen o título nacional de estrada belga, uma etapa no Eneco Tour e outra no Circuito Franco-Belga. Foi 2º no E3 Harelbeke e 3º na Dwaars door Vlaanderen. O virar de década deu mais duas etapas na Volta ao Qatar, uma no Tour of Oman e uma no Tirreno-Adriático. Ano menos positivo para o campeoníssimo belga que, ainda conseguiu ser 2º na Milano-SanRemo, E3 Harelbeke e Tour de Flandres e 5º no Paris-Roubaix.

Em 2011, venceu uma etapa na Volta ao Qatar, a Gent-Wevelgem e foi 4º no Tour de Flandres, antes de uma segunda metade de época menos bem conseguida. 2012 viu o ressurgimento de Boonen. Uma etapa no Tour de San Luis, duas e a geral da Volta ao Qatar, uma no Paris-Nice, antes de uma fase de clássica de sonho. Triunfos no E3 Harelbeke, Gent-Wevelgem, Tour de Flandres e Paris-Roubaix. Culminou a temporada, com mais um título belga, a Paris-Brussels e uma etapa e a geral da World Ports Classics. Fez, ainda, parte da equipa da QuickStep, campeã mundial de TTT.

Tour de Flandres 2012:

Paris-Roubaix 2005, 2008, 2009, 2012:

2013 foi um ano cheio de azares, com muitas quedas e, consequentes abandonos, nas provas mais importantes, com a única vitória a surgir na última competição da temporada, no Tour de Wallonie. O ano que se seguiu viu mais dois triunfos de Boonen no Qatar, outro na Kuurne-Brussels-Kuurne e dois na Volta a Bélgica. Foi, também, 5º na Gent-Wevelgem, 7º no Tour de Flandres e 10º no Paris-Roubaix.

Em 2015, uma queda no Paris-Nice, obrigou-o a falhar toda a temporada de clássicas. Voltou em Maio, para venceu uma tirada na Volta a Bélgica, a Rund um Koln, uma etapa no Eneco Tour e o Munsterland Giro. Foi 6º na prova de estrada dos Jogos Europeus de Baku, 4º na Clássica de Hamburgo, 3º na Brussels Classic e 2º no GP Fourmies.

2016 viu Tom Boonen perder o Paris-Roubaix para Matthews Hayman, negando-lhe a possibilidade de ultrapassar Roger de Vlaeminck como recordista de triunfos na prova. Foi 2º na Ronde van Limburg, antes de fazer uma excelente fase final de temporada. Uma etapa no Tour de Wallonie, RideLondon Classic e Brussels Classic. Foi 3º no Tour de l’Eurometropole, fechando a temporada com um 3º lugar nos Mundiais de Doha.

No seu ano de despedida, triunfou numa etapa da Vuelta a San Juan. Na sua campanha final de clássicas, foi 8º no E3 Harelbeke, 6º na Gent-Wevelgem e encerrou a carreira com um 13º posto no Paris-Roubaix, depois de, na semana anterior, no Tour de Flandres, ter partido a corrida no Kapelmuur e ter furado numa altura crucial da prova.

Etapa 2 Vuelta a San Juan:

Para a história, ficam as 122 vitórias conseguidas, onde se incluem 7 Monumentos, 1 título mundial, 6 etapas no Tour de France, prova onde envergou a camisola amarela e venceu a camisola verde, 22 etapas na Volta ao Qatar e quatro classificações gerais, 5 E3 Harelbeke e 3 Gent-Wevelgem. Recordamos, a grande rivalidade que travou com Fabian Cancellara e a transformação de um sprinter para um especialista das clássicas do Norte. Uma lenda que abandona a modalidade que todos nós gostamos. Até sempre, Tommeke!


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