Antevisão da Driedaagse De Panne (Três dias de De Panne)
Os Três dias de De Panne são a última prova antes do segundo monumento da temporada, por isso, alguns dos candidatos ao Tour de Flandres vão estar aqui presentes para ganhar ritmo. A primeira etapa passa por estradas míticas e será onde se farão as maiores diferenças.
Percurso
Tudo começa com a etapa mais importante. Serão 206.2 kms de alguma dureza, principalmente nos 100 kms finais. No total serão 11 as subidas a serem ultrapassadas pelos ciclistas. O final é em circuito, que conta com 4 subidas em cada volta: o Berendries (936 metros a 7.08%), seguido do Tenbosse (450 metros a 6.9%). A 16.6 kms da chegada, teremos o famoso Muur van Geraardsbergen (1075 metros a 9.1%, com rampas máximas de 20%), também conhecido por Kapelmuur e que era, antigamente a subida principal do Tour de Flandres. O Klemhoutstraat (720 metros a 2,9%) é a subida final, ficando a 5.2 kms da chegada, que é feita a alta velocidade.
A segunda etapa será a primeira oportunidade para os sprinters. Com partida em Oudenaarde e chegada em Zottegem, os ciclistas percorrem 192.9 kms, maioritariamente planos, existindo, apenas 5 subidas categorizadas, todas elas no miolo da tirada.
O dia final será dividido em duas etapas. A etapa da manhã será relativamente plana, não apresentando dificuldades de maior. O final é bastante perigoso, com uma curva apertada a 300 metros da chegada, que é em ligeira subida.
O contra-relógio da tarde é, também, plano, tendo no total 14.2 kms. Contando apenas com uma fase mais técnica a meio da prova, os puros especialistas serão os grandes candidatos ao triunfo.
Favoritos
Olhando para o perfil e para a história da competição, este é um dos melhores alinhamentos de sempre e um dos mais equilibrados de sempre, muitos corredores querem ganhar rodagem para o Tour de Flandres e o Paris-Roubaix.
Luke Durbridge está a ser uma das confirmações das clássicas este ano, 4º na E3 Harelbeke e na Dwars door Vlaanderen e 6º na Strade Bianche. Descansou na Gent-Wevelgem e chegará aqui bem fresco. Foi 7º em 2015, 6º em 2016 e 2º em 2014, gosta muito desta prova e tem muitas capacidades no contra-relógio, para o último dia. Tem uma grande equipa, com Luka Mezgec, Jens Keukeleire, Magnus Cort e Christopher Juul Jensen.
Alexander Kristoff tem sido um dos dominadores aqui, 2º em 2013 e 2016, 8º em 2014 e 1º em 2015. Este ano chega com piores resultados nas clássicas belgas e um 4º posto na Milano-Sanremo, quer recuperar as melhores sensações e a confiança. Rick Zabel, Mads Wurtz, Baptiste Planckaert e Marco Haller constituem um grande bloco de apoio.
Outsiders
Tony Gallopin é uma pequena incógnita, em plenas condições sem dúvida que é um dos grandes candidatos, só que a queda na E3 Harelbeke pode debilitar o francês. Bom trepador e perfeito para contra-relógios curtos, o 11º posto na Dwars door Vlaanderen mostra que a condição física está lá, veremos se sem mazelas.
Philippe Gilbert voltou a recuperar as melhores sensações na transferência para a Quick-Step, 13º no Paris-Nice, 2º na Dwars door Vlaanderen e na E3 Harelbeke, será a grande aposta da formação belga aqui. Terá de fazer a diferença para os homens rápidos e contra-relogistas na etapa mais dura, mas conta com uma equipa forte com ele.
Edward Theuns é um nome a ter em conta, o corredor da Trek-Segafredo esteve no top 30 na Kuurne-Bruxelles-Kuurne e na Gent-Wevelgem. É explosivo, defende-se nos contra-relógios curtos e ainda tem a possibilidade de ir buscar bonificações. É uma estreia que pode resultar muito bem.
Possíveis surpresas
Sylvain Chavanel tem de ser mencionado, mais pelo seu histórico aqui, 5º em 2016, 4º em 2011 e 1º em 2012 e 2013, que grande registo. Ainda assim, o francês parece estar longe do seu melhor. Jens Keukeleire, após uma enorme exibição na Gent-Wevelgem, tem de ser mencionado, principalmente se a prova ficar muito táctica, a Orica-Scott tem a força dos números. Guillaume van Keirsbulck quer mostrar-se ainda mais, vencedor aqui em 2014 o ciclista da Wanty-Groupe Gobert é um daqueles que quer uma corrida bem dura, tem estado no top 50 de todas as grandes clássicas belgas. Fora das formações World Tour ainda cuidado com Stijn Devolder, agora com mais liberdade, já foi 8º em 2012 e 2º em 2015. De resto, Mads Wurtz, Jasper de Buyst, Mads Pedersen e Marco Marcato são boas alternativas para o top 10.
Super-Jokers
Os nossos super-jokers são Lukas Pöstlberger e Maxime Vantomme.