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Antevisão da Gent-Wevelgem


Está aí a última corrida deste tríptico de clássicas belgas, a Gent-Wevelgem. É a mais longa de todas e teoricamente a menos dura de todas, mas nas últimas edições as condições climatéricas adversas têm sido uma constante. Quase todos os grandes nomes das clássicas estão aqui e o espectáculo está garantido.

Percurso

Pelo segundo ano consecutivo, a organização decidiu aumentar a distância da prova, este ano passou para os 249 kms, o que também pode alterar o desfecho desta competição. O número de ascensões manteve-se em 10.

Como é tradicional nas clássicas belgas, os primeiros 140 kms são totalmente planos, mas com as condições climatéricas, poderão ser absolutamente decisivos. A primeira subida é o Catsberg a faltar 105 kms, com mais 4 ascensões a surgiram entre os 101 kms e os 91 kms para o final, numa rápida sucessão. Esta fase será decisiva para o desfecho da corrida e poderá definir se os sprinters irão discutir a vitória ou não.

Outra sequência importante é o Baneberg, Kemmelberg e Monteberg, que surgem, respectivamente a 85, 77 e 73 quilómetros da linha de meta. Por fim, as últimas colinas surgem já dentro dos 40 quilómetros finais, com o Baneberg a faltar 39.5 kms e o muito duro Kemmelberg, que conta com rampas de 23% a 40 kms do final. A última parte do traçado é totalmente plana e pode originar algum reagrupamento, numa batalha que se espera muito dura. A quilometragem que a organização acrescentou foi depois da última subida, o que dá ainda mais oportunidades de reagrupamento.

Favoritos

Esta será a clássica teoricamente mais amiga dos sprinters, e o alinhamento indica isso mesmo. Historicamente, esta prova sem sido altamente marcada pelas condições climatéricas, principalmente quando são adversas. Amanhã o vento pode aparecer, não em grande força, mas pode fazer mossa.

Peter Sagan vem de 2 grandes desilusões, a vitória perdida em cima da linha de meta na Milano-San Remo e a queda na E3, quando já parecia afastado da luta. O eslovaco costuma reagir muito bem a resultados menos positivos e já ganhou aqui em 2013 e 2016. É ciclista para triunfar ao sprint ou em fuga.

Arnaud Demare apareceu em grande forma no Paris-Nice após a Kuurne e a Omloop, fez uma Milano-Sanremo e parece ainda estar com uma boa condição física. O francês é também muito versátil quando o vento começa a soprar mais forte e adora dias que sejam bem endurecidos. Tem a vantagem de ter a equipa somente focada nele.

Outsiders

Dylan Groenewegen é outro dos sprinters que pode sobreviver aos ataques dos classicómanos. Foi 25º na Omloop, 18º na Kuurne e 5º na recente Dwars door Vlaanderen, onde nos pareceu muito forte. A confiança está a crescer e tem a ajuda de Jos van Emden, Amund Jansen e Lars Boom.

Oliver Naesen é um dos homens do momento, foi 7º na Omloop, 8º na Kuurne, 6º na Dwars door Vlaanderen e 3º na E3 Harelbeke. É claramente o líder da Ag2r La Mondiale e a vitória está a aproximar-se. É um dos que beneficia mais com uma corrida endurecida e com vento lateral devido ao seu poderio.

Pode parecer estranho este nome, mas estamos curiosos com o que Sonny Colbrelli pode fazer. O italiano está cada vez mais completo e versátil, estava a subir muito bem no Paris-Nice e está a habituar-se às clássicas belgas. Foi 7º na E3 Harelbeke, um grande resultado.

Possíveis surpresas

Como é óbvio, nunca podemos descartar Greg van Avemaet, vencedor da Omloop e da E3 Harelbeke, mas o ciclista da BMC nunca conseguiu grandes resultados aqui, só por uma vez fez pódio. A Quick-Step vem com a lenha toda para colocar no assador, com Tom Boonen, Fernando Gaviria, Zdenek Stybar e Niki Terpstra. Acreditamos que os líderes são Gaviria e Terpstra, o colombiano foi 6º em 2016 e o holandês 2º em 2015. Michael Matthews vai tentar mais uma incursão nas clássicas e todos sabemos o grande valor do australiano. A Trek-Segafredo virá com 4 nomes sonantes, mas acreditamos que Jasper Stuyven e John Degenkolb serão os ciclistas protegidos, tem faltado coesão e consistência a este alinhamento de clássicas da Trek-Segafredo. Alexander Kristoff e Edvald Boasson Hagen parecem-nos fora de forma, mas podem recuperar as melhores sensações e a Astana tem sido uma das sensações das clássicas belgas, com Alexey Lutsenko, Matti Breschel e Michael Valgren em bom plano.

Super-Jokers

Os nossos super-jokers são Magnus Cort e Dylan van Baarle


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