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Antevisão da Dwars door Vlaanderen


Mais uma estreia no World Tour, desta vez com a Dwars door Vlaanderen, prova que abre uma semana com 3 clássicas belgas que servem como preparação final para os próximos dois monumentos da temporada. Apesar de este ser apenas um aquecimento para o que ainda aí vem, esta competição conta com várias nomes importantes.

Percurso

Esta prova tem um perfil que se assemelha de sobremaneira ao Tour de Flandres, com vários muros e secções de pave a marcarem o traçado. Serão 203.4 kms ao todo, um duro teste que inclui vários dos muros do 2º monumento do ano. Como é tradicional, este tipo de provas começam com uma fase plana, que no caso da Dwars door Vlaanderen será de 90.7, até à primeira colina categorizada. A partir de passagem por Nieuwe Kwaremont (2 kms a 4.2%) começa a animação e a verdadeira dureza, com subidas a surgirem de forma consecutiva, ainda por cima com estradas estreitas.

A 88.1 kms da meta surge o Kattenberg, 740 metros a 5.9%, que precede o famoso Haaghoek, que está localizado a 82.4 kms do final. Segue-se o Leberg (700 metros a 6.1%), o Berendries (900 metros a 7.2%) e o Valkenberg (540 metros a 8.1%). Os palcos de todas as decisões deverão ser 2 ascensões que estão localizadas a pouco mais de 50 kms do final, o Eikenberg (1250 metros a 5.8%) e o Taaienberg (530 metros a 6.6%, com rampas de 16%).

Segue-se uma fase de terreno plano, mas depois, a 32 kms da chegada, vêm 2 subidas que estão no menu do Tour de Flandres, o Oude Kwaremont (1500 metros a 4%) e o Paterberg (365 metros a 12.9%, com rampas de 20%). Até ao final ainda teremos um sector de pave de 2 kms a 26.2 kms da meta e as subidas de The Vossenhol (1400 metros a 6.5%), Holstraat (1000 metros a 5.2%) e a dificuldade final do Nokereberg (500 metros a 5.7%). Estas ascensões finais poderão ser palco de ataques decisivas, caso tenhamos grupos alargados na frente. O Nokereberg, último setor de pavê da prova, está localizado a 9.4 kms da meta e a partir desse momento o terreno é plano.

Favoritos

Esta é das clássicas mais difíceis de prever dado que, nos últimos anos tanto chegaram grupos com cerca de 30 elementos à meta, com ciclistas isolados. Amanhã, é mais um desses dias, pois é esperado vento depois da passagem pelo Oude Kwaremont e Paterberg. No entanto, se algumas equipas estiverem bem representadas, podem anular as tentativas de fuga.

Ora, se houver vento e as condições de corrida forem complicadas, Niki Terpstra tem que ser considerado o grande favorito. O holandês já venceu esta prova por duas ocasiões, sempre chegando isolado, podendo acontecer o mesmo amanhã. O ciclista da QuickStep ainda não se mostrou esta temporada, no entanto a sua prestação no Tirreno tem que ser destacada, porque subiu bem. Devemos ver Terpstra ao ataque depois do Paterberg e, se conseguir ganhar uma pequena vantagem, pode aproveitar para ir isolado até à meta.

Se chegar um pequeno grupo à meta, Arnaud Demare é o grande candidato. O francês está numa forma incível, talvez a melhor da sua carreira, podendo tanto seguir os ataques dos grandes especialistas, como ir no pelotão e esperar pelo sprint final. Demare ainda não teve um sucesso muito grande nas clássicas do pavê mas este ano está a sair tudo bem ao gaulês, que gosta de um dia duro.

Outsiders

Edward Theuns tem dos melhores registos aqui. Foi 2º em 2015 e 3º em 2016 e volta este ano, sendo o líder da Trek. Esta é das poucas oportunidades que o belga tem para se mostrar e não a vai querer desperdiçar. Theuns é um grande especialista no pavê e também finaliza bem em grupos não muito numerosos.

Sep Vanmarcke é o grande nome das clássicas aqui presente, só que o belga caiu na Strade Bianche aleijando-se nas costelas. O ciclista da Cannondale diz já estar recuperado, o que significa que devemos vê-lo a atacar nas subidas já referidas. Se aí se conseguir destacar com um grupo restrito de ciclistas pode muito bem triunfar, pois num grupo mais numeroso, não tem ponta final para tal.

Tiesj Benoot é a melhor aposta da Lotto Soudal. O jovem belga é um dos grandes talentos do pelotão internacional, apresentando já excelentes resultados esta temporada, mas nunca triunfou na sua carreira. A sua equipa é forte, podendo estar representada no final, aproveitando estar em maior número. Benoot deve estar no grupo da dianteira depois do Paterberg e, no final, tem uma boa ponta de velocidade, sendo um dos favoritos.

Possíveis surpresas

A Quick-Step Floors é das equipas com mais opções para esta prova. Para além de Terpstra, Zdenek Stybar também pode atacar e seguir isolado para a meta, sendo que este tem a vantagem de ser rápido. Fernando Gaviria vai ser guardado para o sprint num grupo com um maior número de ciclista, e caso isso aconteça, tem tudo para triunfar. Oliver Naesen é outro que vai atacar e estar na frente na fase mais dura da prova, mas tudo depende do grupo em que estiver inserido depois das dificuldades. Nunca nos podemos esquecer de Philippe Gilbert e Lars Boom. Dylan Groenewegen, Jempy Drucker, Bryan Coquard, Michael Matthews, Baptiste Planckaert e Sam Bennett são outros ciclistas em forma que vão esperar pelo sprint final. Fabio Felline é uma alternativa a Edward Theuns na Trek.

Super-jokers

Os nossos super-jokers são Luke Durbridge e Oscar Gatto.


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