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Volta ao Alentejo, uma aposta ganha?


Este ano a Volta ao Alentejo foi colocada junto à Volta ao Algarve, formando um bloco de competição de 10 dias, quase como uma Volta a Portugal. Uma aposta ganha, dizem muitos, e no papel, de facto, faz muito sentido. No entanto, impede as equipas sub-23 de competir na Volta ao Alentejo, impede os ciclistas mais jovens de procurarem evoluir e aprender com aqueles que mais experiência têm. São opções estratégicas que têm de se tomar, ou dar ênfase ao ciclismo nacional ou privilegiar a tentativa de manter as principais equipas por Portugal depois da Volta ao Algarve. A Movistar foi a única World Tour que por cá ficou. E dificilmente ficarão mais, numa semana de Abu Dhabi Tour e clássicas belgas, a manter-se esta posição no calendário. A Volta ao Alentejo tem chegadas perigosas, onde o risco de quedas é muito elevado. Isto é conhecido, a palavra espalha-se e esta é uma imagem que se deve evitar ter. Mesmo as ciclistas portuguesas, sabendo disto, escolhem proteger as suas figuras para não comprometer a temporada. A chegada é Mértola é um expoente emblemática do que falamos, visto que nos últimos 7 anos por 5 vezes a Volta ao Alentejo terminou nesta localidade e têm acontecido sempre quedas feias. Portanto, duvidamos que mais equipas de nível World Tour venham à “Alentejana”, a menos que haja uma revolução no percurso, tornando-o mais seguro, variado e atractivo. Olhando para os números e estatísticas, tivemos 4 vencedores diferentes, apenas Sebastian Molano Benavides conseguiu repetir o triunfo, em chegadas algo semelhantes. As equipas portuguesas não tiveram o protagonismo que gostavam ter tido, apenas 2 ciclistas destas terminaram no top 10 (Rinaldo Nocentini e Edgar Pinto) e apenas o Sporting/Tavira conseguiu triunfar com Rinaldo Nocentini. Outro dado interessante é que é igual o número de ciclistas que venceu em Portugal, fazendo aqui a primeira prova (Logan Owen e Johim Ariesen) ou vindo com a rodagem da Volta ao Algarve (Rinaldo Nocentini e Juan Sebastian Molano), e o número dos que fizeram aqui a primeira prova e terminaram no top 10 e os que vieram do Algarve e fizeram top 10, são iguais. No entanto, as classificações e os primeiros classificados destas foram quase todas compostas por ciclistas que já tinham dias de competição. Falamos de Carlos Barbero, Rinaldo Nocentini, Juan Sebastian Molano e Aldemar Reyes. A excepções foram Jasper de Laat e a Axeon Bermans Hagen. Assim, gostaríamos de saber a vossa opinião sobre este tema. O que acharam desta Volta ao Alentejo, se foi benéfica a sua colocação nesta altura da temporada e se gostavam que nas próximas temporadas continuasse da mesma forma. Foto: Volta a Portugal.


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