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Que dia de ciclismo, já tínhamos saudades


Oman, Andaluzia e Algarve foram os palcos do espectáculo, Soren Kragh Andersen, Thibaut Pinot e Daniel Martin foram as estrelas que mais brilharam. 3 chegadas em alto, 3 finais emocionantes, 3 classificações gerais alteradas. Neste texto pretendemos exactamente analisar as consequências de todas as incidências e celebrar aquele que foi dia excelente para a celebração da modalidade. No Alto da Fóia, Daniel Martin presenteou a Quick-Step com a vitória, após um enorme trabalho da equipa belga. O homem que apontámos como maior candidato à vitória final, Primoz Roglic, aguentou-se valentemente na roda, e Michal Kwiatkowski começa a mostrar laivos de voltar ao seu melhor. Portugal, a jogar em casa, esteve em destaque, 3 portugueses no top 15, 4 elementos de equipas portuguesas nos 20 primeiros. A maior surpresa do dia foi ver Jonathan Castroviejo a subir com os melhores, o espanhol da Movistar está bem dentro da luta pelo pódio. Até se defendeu melhor que Tony Martin, ou que Tiago Machado, que tem por hábito andar bem na Algarvia. No entanto, Primoz Roglic tem uma mão já no troféu. Irá ganhar tempo amanhã a Daniel Martin, e numa medida que será impossível para o irlandês recuperar, a menos que haja uma quebra enorme do esloveno. Aquele que terá mais hipóteses de lhe fazer frente é Michal Kwiatkowski, um corredor que tem o pódio final muito bem encaminhado. Amanha será um dia preponderante para muita gente, Castroviejo, Luis Leon Sanchez, Tony Gallopin e Tony Martin irão subir lugares, os puros trepadores irão perder tempo. Tony Martin está já afastado, mesmo que amanhã suba muitos lugares, ficará a pé no Malhão. Os portugueses têm aspirações legítimas de top 10, amanhã é dia de minimizar perdas, para andar forte e recuperar do Domingo. Não descurem Alejandro Marque, o espanhol ser o melhor representante de equipas portuguesas daqui a 24 horas. Muito para decidir, muito para discutir, muito para debater. Na Andaluzia, Thibaut Pinot regressou da penumbra de uma constipação e de um dia menos bom para destroçar o coração de Alberto Contador. Os elementos da Trek deram tudo (Fabio Felline, uau!) e o espanhol deve muito perto de dar a estocada final, ainda salvou o símbolo de líder. A Team Sky dá-se ao luxo de poder escolher entre 3 valentes, Valverde deu os primeiros pequenos sinais de fraqueza este ano. A geral está em aberto e pode ir para qualquer lado, amanhã é dia de contra-relógio. Contador, Valverde, Pinot e Izagirre terão as suas ambições, principalmente o último, que conseguir minimizar os danos. Atenção a Diego Rosa. No Tour of Oman voltou um nórdico a ganhar em Quriyat, depois de Edvald Boasson Hagen, foi a vez de Soren Kragh Andersen, um norueguês, um dinamarquês, ambos com nomes compridos, ambos com uma explosividade imensa. Andersen acabou com as aspirações de um jovem, Laurens de Plus, que ainda fez 4º. Rui Costa voltou a bater na trave, mas ainda tem oportunidade para fazer golos esta semana, uma delas amanhã. As bonificações colocam o português numa grande posição na geral. É mais trepador puro que Ben Hermans, tem 8 segundos de vantagem sobre Jakob Fuglsang, 16 sobre Merhawi Kudus e 19 sobre Romain Bardet. Pelos sinais das anteriores etapas, pensamos que será uma luta a 2 (Costa e Fuglsang), com Hermans a defender-se com unhas e dentes e Kudus e Bardet e tentarem voltar às melhores sensações. Tudo para decidir no Sábado, na “Montanha Verde”.


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