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Antevisão do Tour of Oman


As competições no Médio Oriente continuam, desta vez com o Tour of Oman, aquela que é a mais dura das três provas que se disputam nesta região do globo em menos de um mês. Rui Costa é o único português presente e tem grandes esperanças de fazer um excelente resultado na classificação geral.

Percurso

A competição tem início com uma oportunidade clara para os sprinters presentes de envergar a camisola de líder. São 176,5 kms sem grandes dificuldades.

A 2ª etapa terá 145,5 kms e chegada Al Bustan, um clássico do Tour of Oman. Este ano tem ainda mais montanha e na parte final destacam-se 2 colinas, a primeira tem 800 metros a 9.8% e a segunda, que está localizada a 5.5 kms do final tem 1.4 kms a 9%. Será um grupo reduzido a chegar para discutir a vitória. No ano passado ganhou Bob Jungels.

A 3ª tirada terá uma chegada a um pequeno topo no menu, com 162 kms ao todo. A subida final terá 2.8 kms a 6.5% e será interessante pois poderá ser curta demais para os homens das clássicas e explosiva demais para os puros trepadores, Rui Costa, por exemplo, terá as suas hipóteses aqui na chegada a Quiryat.

O 4º dia é muito interessante e poderá servir para efectuar algumas alterações na classificação geral. São apenas 118 kms, mas repletos de dureza, que incluem 3 passagens pela subida de Bousher al Amerat, a 1ª e a 3ª com 3.2 kms a 6.8% e a 2ª com 3.4 kms a 8.8% e desde a última passagem na contagem de montanha até à linha de meta serão 13.5 kms.

A 5ª etapa é a mais dura de todas, onde a Green Mountain será palco de uma chegada duríssima. O percurso é muito simples, uma longa viagem no deserto em estradas praticamente planas, e em que se vê a terrível montanha no horizonte. Ao todo serão 5700 metros de ascensão a uns terríveis 10.5%, num dia que irá decidir a classificação geral. De referir que o último quilómetro tem uma inclinação média de 13%.

A prova termina com uma jornada que deve ser para os sprinters, não obstante algumas colinas que podem servir para algumas equipas endurecem a contenda.

Favoritos

Esta será uma prova para puros trepadores, não obstante a existência de 3 etapas destinadas para puncheurs. A Green Mountain fará a diferença decisiva entre os candidatos, que este ano são substancialmente menos.

Rui Costa tem de estar nesta categoria após o brilhante início de época que teve na Vuelta a San Juan, ganhou a etapa rainha com autoridade. Costuma dar-se bem porque aqui, foi 11º em 2015 e 5º em 2016. O grande problema será a equipa. Não há um único trepador a acompanhá-lo no Tour of Oman.

Romain Bardet começa aqui a temporada. Depois de um ano fabuloso, o francês começa aqui 2017 e vai querer melhorar o resultado do ano transacto, quando foi 2º. De realçar que o ciclista da AG2R começa sempre bem as temporadas e não costuma facilitar nas provas de uma semana.

Outsiders

Jakob Fuglsang poderá muito bem ser o líder da Astana. O dinamarquês já está num bom estado de forma, como demonstra o 6º posto da Vuelta a Comunitat Valenciana. Tem um grande histórico aqui, 11º em 2011, 14º em 2012, 7º em 2015 e 3º em 2016.

Merhawi Kudus surpreendeu muitos na Volta a Comunidad Valenciana com o 2º lugar na etapa rainha, batido apenas por Nairo Quintana. O eritreu tem demorado a confirmar todo o seu potencial, no entanto os seus inícios de temporada são sempre muito bons, pelo que pode e deve melhorar o 9º lugar alcançado na temporada transacta, ao ser um dos trepadores em melhor forma.

Outro corredor em boa forma é Ben Hermans, e o belga tem demonstrado francas evoluções na alta montanha. Teve uma excelente prestação em Espanha, onde terminou no 2º posto da classificação geral e já foi 8º aqui, em 2015.

Possíveis surpresas

O lote dos possíveis vencedores não deverá sair muito dos 5 corredores já referidos. Esteve genial em Espanha e acreditamos que volte a andar muito bem aqui. Tanel Kangert e Fabio Aru são opções bem viáveis dentro de uma Astana que tem a hipótese de jogar com a força dos números. O italiano quer sempre estar na frente, só que não tem por hábito começar bem as suas campanhas. Em boa forma é homem para estar no pódio. A Katusha tem Rein Taaramae, uma opção válida para top 10. A grande revelação do Giro, Bob Jungels, está em grande forma e pode aqui confirmar os seus progressos na alta montanha, sendo que David de la Cruz, que finalizou top 10 na Volta a Comunidad Valenciana também pode estar em destaque. Mesmo a Ag2r tem uma segunda opção, na figura de Mathias Frank, um homem que se dá melhor a trabalhar para alguém. Giovanni Visconti faz a estreia pela Bahrain-Merida e quer brilhar e ainda atenção a corredores de equipas Profissionais Continentais, casos de Janier Acevedo ou Guillaume Martin.

Super-jokers

Para esta prova, os nossos super-jokers são Laurens de Plus e Ivan Santaromita.


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