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Joaquim Silva vai correr por uma equipa espanhola em 2018


Depois de Amaro Antunes, a W52-FC Porto irá perder mais um ciclista para a temporada de 2018. Joaquim Silva também está de saída, e tal como o ex-companheiro de equipa irá para o escalão Profissional Continental, onde vai representar a Caja Rural-Seguros RGA e fazer companhia a Rafael Reis, que já foi colega de equipa dele.

Esta transferência ainda não foi oficializada pela Caja Rural, mas podemos avançar que vai mesmo acontecer, seguindo o que temos dito nos últimos dias, a equipa espanhola vai ter um plantel de 20 ciclistas, já tinha 19 contratados e faltava mais 1 elemento, que poderia vir do mercado português. De recordar que já no ano passado, quando Rafael Reis também saiu da W52-FC Porto para ir para a Caja Rural, se tinha falado que Joaquim Silva também poderia seguir o mesmo caminho. Isso viria a acontecer, mas com 1 época de atraso.

Joaquim Silva tem agora 25 anos, sendo profissional desde 2015. O salto aconteceu nesse ano após um 2014 verdadeiramente fabuloso, onde foi 15º na Volta ao Alentejo, 2º na Volta a Portugal do Futuro, 8º na Volta a França do Futuro, 2º na Volta a Galicia, campeão nacional de estrada sub-23 e 16º na prova de estrada dos Campeonatos do Mundo para sub-23, isto com 22 anos. A adaptação aos elites correu relativamente bem, um primeiro ano de muito trabalho, onde ainda foi 3º no G.P. Mortágua e 9º no G.P. Dão e em 2016 foi 5º na Clássica de Amarante, 4º no Troféu Oliveira de Azemeis e 3º no Memorial Bruno Neves.

Este ano conseguiu alguns resultados a nível internacional, sendo 9º na Volta as Asturias e 8º na Vuelta a Castilla y Leon, o que certamente lhe deu outra projecção e valoração no mercado. Ainda foi 2º no G.P. Mortágua e 5º no Troféu Oliveira de Azeméis. Uma imagem de marca foi o seu incansável trabalho na frente do pelotão na Volta a Portugal, contribuindo e muito para o controlo da corrida na vitória de Raul Alarcon, ao passar centenas de quilómetros a puxar no pelotão.

É um prémio mais que merecido para um grande talento quando a estrada empina, e que até chega tarde. Se olharmos para o top 30 do Campeonato do Mundo de sub-23 onde Joaquim Silva fez 16º, verificamos que dos 30 ciclistas, só 4 não correram no escalão Profissional Continental ou acima, um deles é Joaquim Silva, outro é Mathieu van der Poel, fenómeno do ciclo-crosse e os outros 2 são Fabien Lienhard e Ilya Davidenok, e até eles já foram estagiários de equipas do World Tour. Aqui fica um dado para demonstrar 2 coisas, por um lado a desconfiança das equipas estrangeiras face ao nosso ciclismo, para o qual também contribui a inércia dos organismos nacionais e, por outro lado, a tremenda qualidade que o ciclista português tem.

Desejamos ao Joaquim Silva as maiores felicidades!


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